Freguesias mais violentas e perigosas
Paranhos tem maior volume de criminalidade
O Porto é dos distritos que apresentam os índices mais elevados de criminalidade, ocupando o segundo lugar no volume de processos da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima. Paranhos, Campanhã e Ramalde são as freguesias mais perigosas.
Tal como no resto do país, onde a criminalidade, durante o ano de 2008, teve um acréscimo de 7,5%, também no distrito do Porto os crimes aumentaram na ordem dos 7,2%. De acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna, divulgado no Diagnóstico Social do Porto que foi distribuído anteontem aos vereadores, "o Porto continua a situar-se no conjunto dos distritos que, a nível nacional, apresentam os índices mais elevados de criminalidade".
Da mesma forma, o documento elaborado pela Universidade Católica diz que na cidade do Porto, as freguesias de Paranhos, Campanhã, Ramalde e Lordelo foram as que registaram, em 2008, o maior volume de criminalidade.
Os dados cedidos pelo Comando Metropolitano do Porto da PSP indicam que Paranhos lidera a lista de freguesias com maior número de criminalidade, com 2580 queixas. Seguem-se Campanhã (2386) e Ramalde (2091).
Violência doméstica aumenta
O Diagnóstico Social do Porto descreve ainda que o distrito do Porto ocupa o segundo lugar no que respeita ao volume de processos registados pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), com 12,3% do total das queixas. Além disso, 86,6% das vítimas residiam no Porto.
De notar que a maior parte dos crimes registados no distrito do Porto se referia a violência doméstica, com maus-tratos psíquicos e físicos à cabeça-da-lista.
No concelho do Porto, de acordo com dados cedidos pelo comando Metropolitano do Porto da PSP, as freguesias com maior número de participações de violência doméstica, em 2008, foram Campanhã (com 299 casos), Paranhos (266), Ramalde (187) e Bonfim (170). No Porto, houve ainda 583 crimes contra pessoas idosas, sendo a maioria destes relativos a violência doméstica.
Ainda assim, as faixas etárias predominantes deste tipo de violência foram vítimas dos 36 aos 45 anos (18,4%), e dos 26 aos 35 e dos 46 aos 55 anos, ambas com 11,9% do total das queixas.
Nestes episódios, a maioria das mulheres era casada (52%) ou encontrava-se em união de facto (16,7%). Relativamente ao autor dos crimes, 86,4% eram do sexo masculino, cônjuges ou companheiros das vítimas.
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